De todas as candidaturas submetidas ao Prémio Fluviário – Jovem Cientista do Ano 2020, foi a de Daniel Mameri que reuniu o consenso do júri e assim foi eleito o vencedor deste prémio – no valor de mil euros e que tem o apoio da CCAM Moravis – que distingue o trabalho de um jovem investigador na área dos ecossistemas aquáticos: rios e estuários.

Daniel Mameri é o jovem biólogo vencedor do Prémio Fluviário – Jovem Cientista do Ano 2020, com um estudo publicado na revista científica Science of the Total Environment​, intitulado “Heatwave effects on the swimming behaviour of a Mediterranean freswater fish, the Iberian barbel Luciobarbus bocagei”.

Os organismos aquáticos de água doce são especialmente sensíveis a grandes flutuações de temperatura. As ondas de calor a que este estudo se refere, são um fenómeno que devido às alterações climáticas, é esperado que se torne mais frequente. O impacto que estas ondas de calor têm sobre os cursos de água naturais das áreas de clima Mediterrânico (como Portugal) e no comportamento dos peixes de água doce que aí ocorrem, foi avaliado para o Barbo-comum. As observações realizadas levaram este biólogo e co-autores a sugerir a criação de refúgios que protejam estas espécies das flutuações extremas de temperatura.

Daniel Mameri, estudante e bolseiro de doutoramento FCT em Restauro e Gestão Fluviais (FLUVIO) no Instituto Superior de Agronomia, é licenciado em Biologia e mestre em Biologia da Conservação pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Iniciou o seu percurso de investigação em 2014, inserido num projeto de conservação ex-situ de peixes nativos de rios portugueses, coordenado pelo ISPA. Atualmente, integra a linha de investigação ForProtect do Centro de Estudos Florestais (CEF), onde desenvolve o seu projeto de doutoramento, relacionado com medidas de gestão de populações de peixes de rio em cenários de regulação de caudal e alterações climáticas.

Parabéns e muitas felicidades, Daniel Mameri!