"O Tejo é mais belo do que o rio que corre pela minha aldeia,

Mas o Tejo não é mais belo que o rio que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia…”

Assim começa o XX poema de “O Guardador de Rebanhos” de Alberto Caeiro. O rio da nossa terra é sempre o mais belo. A beleza de um rio foi a juventude de muitos de nós. Recordar também é viver, partilhar também é conhecer. Mudamos, fluímos como um rio cujas águas nunca se detêm no mesmo lugar, exceto na memória de um lugar. Como era a vida à beira-rio de outrora e as ligações que essa vida imprimiram no nosso ser? Iremos dar a memória ao lugar, e faremos do rio da nossa terra um lugar de memória.

Este é um tema frequentemente gerador de equívocos e para que tal não suceda, pelo menos tão amiúde, iremos abordar brevemente um pouco de história até aos dias de hoje com o advento da ética e do preconceito especista. Iremos conhecer perspetivas, refletir, debater hábitos e costumes, e certamente chegaremos a uma conclusão que dê resposta ao papel que o ser humano desempenha para com a integridade de outras espécies.

O sonho do Fluviário de Mora e a sua concretização faz parte da sua história. O Fluviário de Mora é um equipamento único em Portugal, onde quem o visita pode apreciar a recriação do universo aquático com as suas espécies de fauna e flora, a sua arquitetura de excelência a par com a sua área envolvente que integra a Rede Natura 2000, em pleno Parque Ecológico do Gameiro. Iremos conhecer as diversas valências que fazem do Fluviário de Mora uma história que começou com uma ideia.